segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pedaço

       Não sei ao certo como, nem por que todas aquelas sensações me invadiram. Era um frio, um desânimo, uma raiva que nunca conseguiria explicar, nem em uma década, século ou milênio.
       Era uma dor que acabava com todas as esperanças de um futuro bom, como se todas as dores passadas voltassem e me atordoassem. Como se todos esses sentimentos tivessem sido colocados pra dormir e acordassem de mau humor. Era meu pedaço de inferno.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Você me ama
Como eu te amo?
Você precisa de mim
como eu preciso de você?
Então não vá embora
porque eu te quero aqui.
Você quer me proteger
o quanto eu quero te proteger?
Você me vê
como eu te vejo?
Você me acha chata
o quanto eu te acho chato?
E eu preciso de você aqui

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Apenas mais um conto de casal


          Eram como um casal normal que possuíam uma maneira contraditória de viver. Qual era a diferença deles e de outros casais? Se amavam verdadeiramente e puramente. Pelo menos era o que ambos achavam e o que cada um esperava do outro.          Brigavam o tempo todo, sempre jogando a culpa no outro e relembrando momentos de mágoa que não podiam ser esquecidos. Ela, com a emoção de uma mulher, chorava e sentia muito, não por chamar a atenção, mas por simples vontade. Ele, queria ser frio, porém, tinha medo do que sentia. Mesmo com tantos conflitos, eles se amavam e prometiam amor eterno um ao outro.           Os momentos felizes eram os mais intensos, não como casais normais que saem conhecer a vida, mas olhando de longe e às vezes (só às vezes) conhecendo pessoalmente o mundo. Eram crianças demais para isso. Mas eles prometiam crescer e fazer como os casais adultos, ir à lugares que sempre planejaram e fazer coisas que sempre quiseram ter feito.           Sentiam-se crianças, jovens e adultos. Durante à noite, um pensava no outro, assim como adolescentes no começo de uma paixão. Relembravam o passado e riam das coisas. O amor faz isso. Faz com que você volte ou avance no tempo. O amor os desanimava, porque é uma questão de paciência. Eles tinham medo de envelhecer e cair numa rotina.           Medos os fortaleciam e os uniam, como laços. Se terminaram ou continuaram, não sei lhe dizer. Mas sei lhe dizer que o que ambos passaram foi inesquecível.